Rede de descanso Denaná

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 8 Cont.

Continuamos hoje ainda com o capítulo 8 do livro Rede de Dormir, de Câmara Cascudo. Entre tantas curiosidades segue mais uma:
"O tamanho das varandas, com as fímbrias orladas de borlinhas, 'bonecas da varanda', figurava como honraria. As redes de escravos, as redes pobres, não tinham varandas. As redes comuns, compradas nas feiras, fabricadas comumente, tinham varandas curtas. Uma alta distinção, anúncio de poderio, era ver-se alguém em rede branca, com as varandas quase arrastando no solo. Como as redes eram feitas sob encomenda unicamente para as pessoas 'graduadas' vinham varandas compridas. Essas varandas podiam, ocasionalmente, servir de coberta. Puxando-as, o dono da rede cobria-se, a toda extensão do corpo, com elas, como um toalhado de rendas.
(...)
Ainda nos dias presentes há uma maioria alta de redes no quarto de dormir ao lado da cama bonitona. Serve para o 'primeiro sono'. Para 'refrescar'. Para 'descansar'. Depois vão fazer companhia à mulher. E muitos voltam para a rede, para 'acabar o sono'".
No próximo post continuaremos com o capítulo 9, penúltimo, do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

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