Rede de descanso Denaná

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Árvores de Redes

O link abaixo refere-se a um texto de autoria da grande escritora romancista Ana Miranda, publicado no jornal O Povo, de Fortaleza, domingo, 18 de dezembro. Ana Miranda fala das árvores natalinas montadas com redes de descanso em espaços públicos da cidade e também já comentadas neste blog. Confiram.

Árvores de redes | Coluna Ana Miranda | O POVO Online

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Bosque dos Namorados






Outra dica legal para se visitar durante as férias vem do Rio Grande do Norte. Não é praia, mas um agradável espaço verde bem localizado na capital potiguar. Trata-se do Bosque dos Namorados que fica dentro do Parque das Dunas. Muito arborizado e, portanto, com muita sombra, o passeio pelo bosque vale a qualquer hora do dia. O visitante casual paga uma taxa simbólica de um real para ajudar na manutenção da área e estrutura de apoio. Dispõe de lanchonete e nos fins de semana diversas atividades físicas e de entretenimento são programadas. Confira algumas imagens.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Férias em Jeri





Chegando as férias de verão a região Nordeste se prepara para a chegada dos turistas. No Ceará uma das praias mais badaladas é a famosa Jericoacoara. Cenário perfeito para quem ama sol, mar, areia da praia. Nas imagens, alguns cliques dia e noite da pequena vila distante cerca de 300 km da capital cearense. Para deixar qualquer um com vontade de soltar os pés nas areias branquinhas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Linha Natural em Oferta

A loja Denaná escolheu sua Linha Natural de redes de descanso para a promoção do Natal 2011. As clássicas redes de algodão natural, sem processo de tingimento, são garantia de conforto e beleza. Disponível em três tamanhos, além da rede cadeira. O desconto de 20% é imperdível. Em www.denana.com.br/loja

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Presente Denaná


De olho na segurança e comodidade do cliente, a loja da Denaná rede de descanso está no ar com a promoção "Presente Surpresa". Após sua compra, enviamos ao endereço indicado de quem receberá a rede surpresa de maneira rápida e fácil. A embalagem para presente é por nossa conta. www.denana.com.br/loja

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Redes em Forma de Árvore



A rede de descanso é sem dúvida um ícone cearense. Ancorada nessa associação a decoração natalina de rua da capital Fortaleza é pela segunda vez inspirada nesse mobiliário que já é um clássico da cultura brasileira. Em três pontos da cidade (Praça do Ferreira, Praça Portugal e av. Washington Soares) é possível vislumbrar gigantes árvores natalinas que ganham forma a partir de redes de descanso em tamanho gigante. A imagem acima apresenta a árvore montada na av. W. Soares.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Denaná em Revista




O jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza, lançou a primeira edição da revista Gente. Em seu conteúdo assuntos diversos, entre eles empresas cearenses com atuação no comércio exterior. A Ramalho Têxtil/Denaná foi notícia através de entrevista com o diretor Emílio Ramalho.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Promoção Preço Extra



Uma nova rede de descanso Denaná entra em promoção de preço especial. A Comfort Premium Perpétua Franja sai de R$ 106,00 por R$ 75,00. Imperdível. Acesse e confira em www.denana.com.br/loja

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Experiências de Compra

Há quase quatro anos a Denaná rede de descanso chega aos quatro cantos do País. Com grande satisfação pinçamos comentários de clientes da loja que fizeram e receberam o pedido em casa e nos escreveram contando suas experiências. Agradecemos a todos pela confiança.


"Estou super satisfeita com minhas redes e a agilidade da loja. O pedido chegou em minha casa antes de mim". Giovanna Pontes, Fortaleza (CE).


"Recebi as redes até antes do prazo estipulado. Tudo ocorreu bem e estou muito satisfeita com o produto. Era exatamente o que eu precisava e atendeu todas as minhas expectativas", Fátima Moreira, de São Paulo (SP).


"Produto de ótima qualidade e muito lindo. O atendimento do site é muito profissional e de respeito com o cliente. Gostei e vou indicar. Abraços. Vera Costa, de Porto Alegre (RS).


"Excelentes produtos, comprei duas redes, muito bem atendida por profissionais capacitados, hábeis a lhe atender com toda atenção, tanto por telefone, quanto pelo site. Obrigada, parabéns Denaná". Jane Rigamonte, de Belém (PA).


Confira todos os comentários em http://www.lojamestre.com.br/lojas/denana/declaracoes.asp?offset=20

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Lazer e Luxo


O Jornal O Povo, de Fortaleza, traz na edição deste 4 de novembro, um roteiro completo dos melhores resorts e hotéis de charme localizados no litoral do Ceará. São dicas de serviços de alta qualidade e acomodações de luxo para quem quer viver "dias de rei" e pode pagar por tantos mimos. Foto: Edimar Soares/O Povo. Veja matéria.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/buchichoguia/2011/11/04/noticiabuchichoguiajornal,2327711/dias-de-rei.shtml

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Denaná na Mídia




Já está nas bancas a última edição da revista "Decore sua Casa", da editora On Line. A matéria de capa apresenta a sala e sacada de um apartamento de 60 metros quadrados especialmente decorado para seus moradores curtirem a primavera.  A Denaná compõe o charmoso cenário com a Rede Cadeira Náutica Vermelha. Na seção de lista de compras, a atração é a Rede Cadeira Azaleia. Bem bacana.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Promoção Dobradinha



"Duas redes, uma só estampa", eis a nova promoção da Denaná redes de descanso. Até 7 de novembro é possível comprar uma rede cadeira e uma de descanso, com a mesma estampa, por preços incríveis. Acesse www.denana.com.br/loja

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Denaná Certificada


A loja virtual da Denaná rede de descanso conta agora com mais um selo de garantia do comércio eletrônico para oferecer mais segurança aos clientes e visitantes. Além do E-Bit, certificado de qualidade e do THAWTE, certificado de segurança digital, a loja passa a exibir o selo LOJA CERTIFICADA. Para o consumidor é mais uma garantia de estar comprando produtos de uma empresa legalmente estabelecida, que possui segurança para transações eletrônicas e que teve seu histórico consultado. Visite-nos www.denana.com.br/loja

terça-feira, 18 de outubro de 2011

La Hamaca Paraguaya



No idioma espanhol, a palavra "hamaca" designa o que no português chamamos "rede de descanso". No entanto, o título "La Hamaca Paraguaya" refere-se a um filme. O filme é de 2006 e tem nacionalidade paraguaia. O enredo, de narrativa lenta, mostra a vida de um casal idoso que vive em um local distante no interior do país. Eles esperam a volta do filho que foi lutar na guerra do Chaco (guerra entre Paraguai e Bolívia entre 1932 e 1935). Esperam também pela chuva, pelo sopro do vento. Quando ele não corta cana, ela não cuida da casa, estão juntos a esperar e a conversar na rede. Para quem acompanha a sétima arte há de estranhar pela falta de tradição do Paraguai no fazer cinema. Mas o filme recebeu indicação ao Festival de Cannes e boa recepção de críticos. E a julgar também pela fotografia a dica é imperdível. Filme de autoria de Paz Encina.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Simplicidade que é Luxo

Porque hoje é sexta-feira, postamos a imagem acima: a simplicidade que é um luxo só. Para inspirar a um prazeroso final de semana de lazer e descanso a todos. Foto: Ricardo Damito

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Para Relaxar




A revista Casa e Jardim reuniu uma galeria de 12 cantinhos para se descansar e relaxar. A rede, é claro, não poderia ficar de fora dessa seleção. Acompanhe a matéria em http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,GF86454-16771,00-CANTOS+PARA+RELAXAR.html#fotogaleria=1
Fotos: Evelyn Muller (Casa e Jardim)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Para Aumentar a Rede


A loja da Denaná rede de descanso disponibilizou um novo produto para atender a necessidade de adaptação da rede a diferentes espaços. A corrente extensora em aço possui capacidade de carga de 200 kg e comprimento de 40 cm. Acesse www.denana.com.br/loja e confira na lista de produtos, link Acessórios.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Redes em UTI


Confiram a matéria publicada na Folha.com. Bebês prematuros internados em UTI neonatal no Rio recebem tratamento em pequenas redes de descanso. A forma como se acomodam nas redinhas lembram o útero da mãe acelerando a recuperação. Foto: Paula Giolito (Folhapress)
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/982160-no-rio-minirrede-ajuda-recuperacao-de-bebes-em-uti.shtml

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Hoje Tem Festa


A Ramalho Têxtil/Denaná está em festa. Comemoramos o aniversário da moça da foto. É ela quem faz há dez anos o primeiro contato da empresa com o seu público externo. Sempre simpática, com sorriso largo no rosto e astral nas alturas. Parabéns Silvedi!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E Chega a Primavera


A estação mais alegre do ano começou nesta sexta-feira, às 06h04min. Clima ameno e o aparecimento das flores marcam a época, que prossegue até 22 de dezembro.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Redes Personalizadas


Apresentamos hoje a Linha de redes de descanso "Denaná Brindes". Direcionada a clientes corporativos que buscam uma ideia simpática de presentear no final do ano seus clientes, colaboradores e amigos. Disponível em três opções de tamanho, a rede ganha a marca do cliente em forma de serigrafia ou etiqueta costurada. Solicitação de orçamento sem compromisso pelo e-mail comercial@ramalhotextil.com.br


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bazar em Últimos Dias


O I Grande Bazar Denaná prossegue este final de semana, terminando na segunda-feira, 19. São muitas ofertas entre almofadas e redes de descanso, como a da foto acima: "Denaná Maracanã Franja, da Linha Comfort Premium". De R$ 141,00 por R$ 84,50. Imperdível! Acesse www.denana.com.br/loja Boas compras e bom final de semana.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

São Quatro na Rede


Isso que é descontração! Sr. Helson de Alcântara, Santa Luzia (MG), cliente da Denaná rede de descanso, nos enviou a foto acima onde ele e suas três netinhas curtem com alegria uma Denaná Mimo do Céu, da Linha Decor. Relaxar na rede já inspirou até o senhor Helson a desenvolver um slogan para a marca, vejam: "Rede Denaná, Melhor Lugar para Descansar não Há", pensou "o vovô mais feliz do mundo". Parabéns pela família e obrigada pela foto, senhor Helson.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

História da Rede - Final


Câmara Cascudo dedica a parte final do livro Rede de Dormir à reprodução das muitas contribuições que recebeu oriundas de demais intelectuais, entre eles, médicos, poetas, historiadores. Aliás, o autor revela em "Nota" dever a Assis Chateaubriand, jornalista e empresário dos mais influentes do Brasil entre os anos 1940 a 1960, ter escrito a obra. Olegário Mariano, Adelmar Tavares, Carlos Drummond de Andrade, Raquel de Queiroz e tantos outros estão na Antologia de Rede de Dormir.  Hoje, portanto, escolhemos encerrar a série sobre a obra de Câmara Cascudo com a reprodução de pequenas partes do ensaio de autoria do médico A. da Silva Mello, intitulado "O uso da rede, do berço e da cadeira de balanço e as suas vantagens" e com data de setembro de 1957, Rio de Janeiro.
"(...) Acusam-na de contra-indicada para o repouso por ser curva e dar posição artificial ao corpo dormente, esquecidos dos sertanejos fortes que envelhecem sadios e dentro das redes. Sertanejos e caraíbas e tupis, os mais valentes indígenas do continente".
"A posição curvada tomada pelo corpo na rede, que pode ser julgada anormal ou prejudicial, deve impor-se antes como ideal para o repouso, pois corresponde à do feto no útero, a qual igualmente muitos animais e mesmo o homem quase sempre tomam para dormir. (...)".
"A posição do corpo na rede é tão natural, tão fisiológica, tão favorável que as vezes se pode revelar de utilidade mesmo em determinados casos de moléstia".
"Diversos autores referem-se ao prazer que é obtido pelo movimento rítmico de balançar, sem dúvida a razão de ser desse móvel que por toda a parte teve tanta aceitação. (...)".
"Não há dúvida que descobertas e hábitos desse gênero merecem atenção, pois representam conquistas instintivas, certamente úteis ou necessárias, mas que vamos menosprezando, tanto devido às condições modernas da existência, quanto à falta de conhecimentos mais profundos da questão. (...)".
"(...) A nossa rede, uma das invenções mais felizes do homem primitivo, entra nesse conjunto, talvez servindo para nos fazer compreender melhor certas tendências naturais do nosso povo".
Assim concluímos o passeio pela obra de Câmara Cascudo, Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

História da Rede, cap. 10

O capítulo final de Rede de Dormir Câmara Cascudo dedica a falar da invenção do mosquiteiro. Utilitário essencial naqueles tempos, quando era comum passar as noites florestas e matas a dentro. No entanto...
"Os indígenas litorâneos, mais conhecidos dos colonizadores, aliados e vítimas, não tinham mosquiteiros. Dormiam em redes ('inis'), com um pequenino fogo aceso, aquecendo e afugentando os inimigos noturnos, insetos e fantasmas.
(...)
"Creio, até prova em contrário, que o mosquiteiro é elemento alienígena, trazido pelo europeu que, há milênios, o conhecia. O mosquiteiro, acidentalmente usado pelo ameríndio, desde a primeira metade do século XVI, resulta de construção imitada pelo modelo improvisado ante seus olhos pelo homem branco. Tanto não se integrou o mosquiteiro na vida indígena que este o adotou, comprando-o, séculos depois, com o dinheiro ganho na exploração da borracha. Em caso contrário fabricá-lo-ia natural, logicamente, como fazia e ainda faz com todos os objetos necessário ao seu relativo conforto, rede de dormir, vasos para bebidas, ornamentos, armas, etc.
Certo é que o mosquiteiro não é muito popular na Europa. Nunca o deparei em Portugal, na Espanha, no sul da França e nas regiões das lagunas italianas onde há (ou havia) tanto mosquito zumbidor. Mas o conhecimento é bem velho e o registro antiquíssimo.
Heródoto, Euterpe, XVC, descreve o mosquiteiro no Egito no quinto século antes de Cristo. Para livrar-se do mosquito o egípcio recorria às redes finas, impenetráveis aos insetos. (...)".
Com essa discussão Câmara Cascudo encerra a narrativa do capítulo final de Rede de Dormir. No próximo e último post, um destaque da antologia apresentada pelo autor.
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

História da Rede - Cap. 9



No capítulo 9 de Rede de Dormir, Câmara Cascudo dedica-se a falar sobre a economia da rede à época. Seguem dados:
"Segundo o Serviço Nacional de Recenseamento funcionavam, em 1950, 296 fábricas de redes de dormir, todas no Nordeste e Norte do Brasil.
Dez dividiam-se entre Pará, Amapá e Maranhão, resultados omitidos a fim de evitar individualização de informações, e as restantes 286 pelos Estados seguintes:
Ceará.............................. 63
Rio Grande do Norte ........ 42
Paraíba .......................... 89
Pernambuco ................... 09
Alagoas ......................... 68
Sergipe .......................... 15
(...) O número das fábricas clandestinas, pequenos grupos de artesanato, é imprevisível e não há Estado nordestino sem uma boa dezena destes núcleos fiéis ao trabalho antigo, feito em casa. São Paulo já não mais possui fábricas de redes mas as redeiras existem, trabalhando teimosamente e com pequeninos e certos mercados consumidores".
No próximo post continuaremos com o capítulo 10, o último, do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 8 Cont.

Continuamos hoje ainda com o capítulo 8 do livro Rede de Dormir, de Câmara Cascudo. Entre tantas curiosidades segue mais uma:
"O tamanho das varandas, com as fímbrias orladas de borlinhas, 'bonecas da varanda', figurava como honraria. As redes de escravos, as redes pobres, não tinham varandas. As redes comuns, compradas nas feiras, fabricadas comumente, tinham varandas curtas. Uma alta distinção, anúncio de poderio, era ver-se alguém em rede branca, com as varandas quase arrastando no solo. Como as redes eram feitas sob encomenda unicamente para as pessoas 'graduadas' vinham varandas compridas. Essas varandas podiam, ocasionalmente, servir de coberta. Puxando-as, o dono da rede cobria-se, a toda extensão do corpo, com elas, como um toalhado de rendas.
(...)
Ainda nos dias presentes há uma maioria alta de redes no quarto de dormir ao lado da cama bonitona. Serve para o 'primeiro sono'. Para 'refrescar'. Para 'descansar'. Depois vão fazer companhia à mulher. E muitos voltam para a rede, para 'acabar o sono'".
No próximo post continuaremos com o capítulo 9, penúltimo, do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 8

Uma série de curiosidades e bizarrices Câmara Cascudo deixou registrada no capítulo 8 do livro Rede de Dormir. São inúmeras e interessantes que tal capítulo renderá mais de um post. Começamos pelos primeiros "designers" de modelos de rede, os engenheiros da Inspetoria Federal de Obras contra as Secas. Vejam:
"Quando as redes eram feitas, unidade por unidade, e não em séries, mecanicamente, estavam todas dentro de moldes fiéis às conveniências tradicionais. Os tipos tinham seus destinos, previstos, antecipados, sabidos. Eram quase sempre 'redes de encomenda' e obedeciam aos modelos inalteráveis nas dimensões e cores. Azul, encarnado, amarelo, verde eram as tonalidades preferidas, evitando-se as que sugerissem tristeza, viuvez, luto, morte, o lilás, o roxo, o negro, para os lavores e bordados ornamentais.
As redes em branco e negro tiveram mercado depois de 1889. O comum, antigamente no Nordeste, era a rede branca como a mais vistosa e digna dos ricos pelo aspecto imaculado, exigindo cuidados e desvelos na conservação.
As redes de cor não eram as mais caras e nem as melhores (...). Ficavam nas residências medíocres e menos prestigiosas. (...) As redes brancas eram as tradicionais da aristocracia rural, com varandas varrendo o chão. (...)".
(...) "Um elemento modificador, de bordados, dimensões e cores, foi a Inspetoria Federal de Obras contra a Seca pelos seus engenheiros e pessoal de escritório, de chapéu de cortiça, polainas e óculos. Encomendando muita rede para levar (curiosidade do sertão) para os amigos sulistas, sugeriam e impunham gostos pessoais que eram cegamente satisfeitos. Assim nasceram varandas de recortes irregulares, desenhos berrantes, mistura de cores (...). Quando se ouvia o engenheiro anunciar o 'mandei fazer uma rede', sabia-se que as modificações participariam da encomenda porque 'ficava mais bonito'. E estas modificações ficaram como feições decorativas normais".
A foto acima publicada no livro é acompanhada da legenda: "Sesteando em varanda paulista".
No próximo post continuaremos ainda com o capítulo 8 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

sábado, 27 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 7

Câmara Cascudo continua, no capítulo 7 do livro Rede de Dormir, a discorrer sobre a origem da rede entre o Caraíba e o Aruaque. Veja.
"Não posso dizer que família ameríndia teceu e divulgou primeiro a rede de dormir. Há quem o possa fazer, decidindo-se pelos Caraíba, pelos Aruaque, pelos Tupi. Todos usavam. Os marinheiros de Colombo encontraram os Aruaque e os de Pedro Álvares Cabral os Tupi. E viram a rede de dormir balançando com um homem dentro, feliz.
Ninguém que eu saiba pode informar o certo. Karl von den Steinen dizia que os Caraíba teciam com fios de algodão e os Aruaque com fibras de palmeiras. (...).
Aruaque e Caraíba possuíam a indústria das hamacas. Os Aruaque tinham redes de fibra de palmeiras. Os Caraíba empregavam os fios do algodão. Ehrenreich dava a prioridade ao aruaco mas Karl von den Steinen decidiu na justiça prudente do rei Salomão: - 'Já depois da viagem de 1884 chamei a atenção para o paralelismo existente entre a região do Xingu e a das Guianas, dizendo que tanto lá como aqui a rede de algodão parecia origem caraíba, sendo proveniente dos Nu-Aruaque a de fibra de palmeira. (...)'".
No próximo post continuaremos com o capítulo 8 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 6

Capítulo 6. Câmara Cascudo narra sobre uma discussão sem fim, como ele próprio definiu. A origem da hamaca está entre o Caraíba ou Aruaque?
"Max Schmidt e Erland Nordenskiold afirmaram pertencer à cultura aruaque o tear de madeira que os cronistas coloniais encontraram funcionando na América, na maioria do tempo e do espaço. Este tear foi decisivo para a divulgação da rede de dormir no Brasil e na América do Sul.
Caracterizar o Aruaque como tendo feito as redes com as fibras das palmeiras e dos cipós era forma de entregar-lhe a inicial da indústria porque o ciclo da utilização algodoeira é bem posterior.
É óbvio que o Caraíba, apesar da fama de criador de hamaca, recebeu-a da mulher aruaque, fiandeira e tecedeira por tradição ininterrupta. Se a cerâmica era um dos seus títulos de glória, ainda Krickeberg informa que foram eles nos bosques tropicais os 'grandes mestres em cerâmica e cesteria, assim como na arte de fiar e tecer'".
No próximo post continuaremos com o capítulo 7 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 5

No presente capítulo, Câmara Cascudo descreve em seu livro Rede de Dormir como a rede penetra na Europa. Feito graças, segundo o autor, não unicamente através dos colonizadores de Espanha e Portugal, mas também pelos navegadores franceses. "A navegação francesa para o Brasil começara maravilhosamente cedo". Confira o que mais relata Cascudo.
"Os navios de comércio franceses teriam sido os divulgadores da excelência da rede de dormir substituindo os enxergões  ásperos e contrários ao clima nas longas estadias. As redes armadas facilmente no convés ou nas cobertas nos tempos chuvosos constituíra solução de conforto e utilização de espaço a bordo. Os trugimões normandos, habituados com as inis, tinham a comunicabilidade da experiência própria. Cômoda, higiênica, prontamente renovável, a rede impunha-se sobre os enxergões e catres ardentes e mau-cheirosos.
Inicialmente a rede levada nos navios da França recebeu batismo  francês e este foi o branle, oscilação,  bamboleio, vaivém, balanço, imagem fiel do movimento daquele leito suspenso, empurrado por qualquer vento. Branle é, evidentemente, o nome arcaico da rede de dormir nos primeiros tempos de sua aclimatação francesa. Resistiu, porém, vencendo afinal o termo caraíba ou aruaco, hamaca, dando o francês hamac, tornando-se amaca (italiano), hammock (inglês). Os alemães preferiram descrever o objeto, dizendo-o hangematte, de hanger, suspenso, e matte, esteira, como os holandeses, hangmat, hangmak, hamgemach.
Os marinheiros franceses determinaram o uso que se espalhou para as demais marinhas. Era uma moda de França que dominava pela sua comodidade funcional para as longas viagens, defesa da ardência tropical, facilidade de acomodação e manejo".
Na foto acima, reproduzida do livro, registro de "redeira sorocabana tecendo no antigo tear". 
No próximo post seguiremos com o capítulo 6 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 4

Necessidade lírica e o ato de dormir são temas refletidos por Câmara Cascudo no capítulo 4 do livro Rede de Dormir. Eis trecho que escreveu a cerca do dormir, seja em cama ou rede.
"Dormir é viajar. Fica o corpo abandonado à sua imobilidade trágica, passível à qualquer inimigo e sem a defesa da matilha dos sentidos que desertaram também. O 'espírito' animador dos movimentos desapareceu e como não pode morrer, jornadeia para longe, vendo paisagem e cenas, irrecordáveis ao despertar. A posição do corpo, dos braços e da cabeça anunciam sistemas preventivos de afastamento das forças adversas e dos males invisíveis, somente anunciáveis pelo vago diagnóstico dos sonhos".
No próximo post seguiremos com o capítulo 5 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 3

Após traçar um histórico do uso da rede de dormir no continente americano nos dois capítulos iniciais do livro Rede de Dormir, Câmara Cascudo dedica o terceiro capítulo a considerações a respeito da impossibilidade de se fazer certas afirmações nos domínios etnográficos e da antropologia cultural. "Tenho saudades do tempo em que era natural colocar-se um letreiro em cima de cada coisa, historiando-lhe o nascimento".
Assim ele lança incertezas diante da forma como se deu o povoamento do continente americano e da existência da rede fora desses limites. "Fora da terra ameraba não deparei a rede de dormir, exceto no registro de uma enciclopédia, a Treccani, indicando uma única área além do Novo Mundo onde, de fibra entrelaçada, existiria a hamaca. E foi justamente na Nova Guiné (...)".
"Sabemos que o português levou a rede para a sua Índia no século XVI e o inglês nos finais do século XVIII. China, Japão, Coreia tiveram a rede como transporte pela mão do português furamundo (...)". "(...) Não temos documentação para dizer que a rede existisse na Nova Guiné senão no século XIX (...)".
De volta ao início
"Por que e como impôs-se a fórmula da hamaca, da rede de dormir?", questiona Cascudo. E ele completa mais a frente: "A ideia poderá ter nascido dos balanços lúdicos nas lianas da mata e ocasionais descansos gostosos num breve sentamento nos cipós curvos que laçavam árvores próximas".
Por outro lado, segundo o autor, no "seculo XVI as redes antigas e recentes eram, como atualmente, todas usadas e comumente feitas. (...) Fácil é cortejar as redes das gravuras de Hans Staden e Jean de Lery, de tecedura semicompacta, com a grade vegetal de fibras rudemente entrelaçadas que documenta a alegoria de Stradanus (1590) 'Vespúcio descobridor da América'".
No próximo post seguiremos com o capítulo 4 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 2

No capítulo 2 de Rede de Dormir, Câmara Cascudo discorre sobre a geografia da rede. "A rede derramava-se no século XVI em diante pelas grandes e pequenas Antilhas e do Panamá atual até as Guianas". Já no Pacífico, encontrava-se na Colômbia e Peru. Para o norte, o México foi a região de menor conquista. Na região espanhola, Haiti e Santo Domingo, as redes eram as camas indígenas. Quando entra no território do Atlântico, Câmara Cascudo afirma que a rede era "senhora e dona dos sonos". No Brasil ela acompanha o Tupi-Guarani.
Cronistas brasileiros registraram seu uso por toda parte da costa e sua penetração diária nos costumes dos colonos brancos. "A difusão da rede parece ter devido orientação e interesse aos Tupi-Guaranis, especialmente porque estes empregaram preferencialmente o algodão. A rede de algodão é quase uma característica do Tupi e como ele e o Cariri foram os grandes povoadores do interior nordestino, haverá a preparação inicial para o uso da rede entre as populações sertanejas que nasceram ou depois foram fixadas naquelas regiões".
A rede nas colonizações
Cascudo escreve: "Na hamaca dormiram conquistadores e missionários, aventureiros famintos e cruéis, os viajantes e naturalistas dos séculos XVIII e XIX".
"Os espanhóis começaram a devastar o interior, continental e insular, e com eles a indiada acompanhante, levando hamacas e que assim foram sendo popularizadas onde ninguém antes sabia de sua existência gostosa. Semelhantemente operaram os portugueses com seus aliados, as cunhãs carregando a rede, a ini inestimável, Brasil a dentro, subindo e descendo as regiões que olhamos embevecidos nos mapas coloridos".
No próximo post seguiremos com o capítulo 3 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 1

No capítulo 1, de Rede de Dormir, Luís da Câmara Cascudo discorre sobre os primeiros registros relacionados ao objeto à época do descobrimento do Brasil e como ela era usada nas diferentes regiões no país durante o período colonial e imperial. Segue trechos do livro:
"Quem primeiro denominou a hamaca sul-americana de rede foi Pero Vaz de Caminha e temos a data exata da denominação: segunda-feira, 27 de abril de 1500. É o padrinho da rede de dormir". (...) "É o primeiro registro em língua portuguesa: `uma rede atada pelos cabos, alta, em que dormiam`. Batizou-a pela semelhança das malhas com a rede de pescar".
"Não perguntara aos donos da casa que nome havia. Impôs-lhe alcunha portuguesa", diz Cascudo, explicando que entre os índios o objeto era designado "maca". "(...) o habitante das florestas tropicais sul-americanas quem inventou a maca (rede), que também em francês e inglês ainda hoje é designada com a palavra nu-aruaque amáka". Trecho extraído de Karl Von Den Steinen, em "Entre os Aborígenes do Brasil Central", citado por Cascudo.
Principal utensílio
"As redes de tecido compacto foram técnica das mulheres portuguesas. A vinda dos teares aperfeiçoou a rede, ampliando-a, enfeitando-a, dando-lhe as franjas, varandas, tornando-a mais macia, confortável, ornamental". Câmara Cascudo cita Jorge Marcgrav que viveu de 1638 a 1644 no Nordeste brasileiro: "Os utensílios caseiros dos brasileiros são muito poucos, de maneira que, quando mudam de domicílios ou saem peregrinando, a mulher tudo leva consigo, carregada como uma mula, sempre acompanhando o marido. O principal utensílio é a rede, que eles mesmos chamam Ini, os lusitanos, Rede, os belgas Hangemach; vulgarmente Hamaca, na qual dormem, presas às traves numa e noutra extremidade, com auxílio dela.
Liteiras de rede
A versatilidade da rede ("servia de cadeira, escabelo, mocho para o descanso") desemboca em sua adaptação em liteiras. "As liteiras, que a dominação romana havia divulgado por toda parte, sugeriram aos portugueses e espanhóis quinhentistas adaptar a rede à função de veículo transportador. Suspensa por forte vara apoiada nas extremidades aos ombros de escravos, a rede ficou sendo um dos transportes mais cômodos e deleitosos".
Da rede à cama
Onipresente em todo o Brasil colonial, a rede encontra destino diferente, entrando em declínio, no Brasil imperial. Veja o que diz o autor: "Com o enfraquecimento do artesanato doméstico as redes diminuíram, enquanto a facilidade do fabrico de leitos e de camas-de-vento crescia com o aumento de carpinteiros atraídos pelo desenvolvimento das vilas que gravitavam ao derredor das cidades grandes, Rio de Janeiro e São Paulo. A influência das modas de França, depois de 1830, vulgarizava os leitos e era de fácil o reproche de ainda manter-se uma tradição indígena, uso de 'bárbaros' em pleno regime de 'civilização'. A rede especialmente no Sul do País, sofreu longa, diária e teimosa campanha de descrédito como elemento desmoralizador dos foros progressistas do Império. Sempre esperamos valorização do 'nacional' pela opinião estrangeira do alienígena. Se houver concordância é que estamos certos. No contrário, é tempo de 'corrigirmos' a usança, evitando o atraso, a retrogradação, a barbárie. Os nossos são padrões da 'gente de fora', embaixadores das terras sábias e dos povos cultos".
Segundo Cascudo, em torno de 1850 a rede estava em derrocada e havia acanhamento em usá-la. Ele arremata com Simão Machado: "o brasileiro é digníssimo filho do português na desconfiança dos seus próprios méritos e embevecimento pelos alheios".
Assim Cascudo relata o efeito colonizador sobre os costumes nativos em detrimento do que era "ditado pela voga europeia, pela moda, pela irresistível força sedutora da imitação".
No próximo post seguiremos com o capítulo 2 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A História da Rede



Há alguns anos adquirimos em um sebo de Fortaleza o conhecido livro Rede de Dormir, do potiguar Luís da Câmara Cascudo. A obra é até hoje a mais completa e importante referência quando o assunto de interesse e pesquisa é a rede. A partir deste post começaremos a compartilhar com todos que nos acompanham os trechos mais relevantes e curiosos do livro, extraídos capítulo por capítulo. O livro que temos em mão trata-se da primeira edição, com data de 1959. Uma raridade que pode ser ainda encontrada à venda em sebos pela internet valendo em média R$ 45,00. Há também uma edição mais recente, de 2003, pela Global Editora, disponível em sites de livros custando em média R$ 32,00 reais.
A ideia do livro
No prefácio, Câmara Cascudo explica como foi instigado a escrever sobre assunto tão fora do alvo de estudiosos. Logo de início ele reproduz discurso de Cícero, jurista do Império Romano (De Nat. Deorum II), séculos atrás: "Familiarizados com os objetos vistos todos os dias não os admiramos mais e nem sonhamos pesquisar-lhes as origens".
Com pensamento semelhante, Cascudo cita o professor Bruno Schier: "... mestre de Etnografia em Viena d'Áustria, pergunta , no clássico `Construção da Civilização Popular Alemã`, se não é tempo de valorizarmos os elementos humildes e de uso cotidiano como indicadores da ciência etnográfica..."
Daí Cascudo percebe a importância de "valorizar, estudar, pesquisar as coisas que vemos, usamos, construímos, conhecemos e nunca pensamos dignas de nossa atenção e cuidado cultural". E conclui: "Por isso tentei esta viagem ao redor da rede de dormir".
A partir de hoje convidamos todos a pegar carona nessa viagem cultural.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Feijoada no Parque




Segunda-feira passada, 1 de agosto, postamos que delícia é poder curtir o verde do Parque Villa-Lobos em São Paulo. Hoje voltamos a exibir imagens do Passeio Público, uma das mais belas áreas verdes da cidade de Fortaleza, localizado no centro da cidade, e também já comentado aqui no blog. http://redesdenana.blogspot.com/2010/08/o-parque-espera-por-voce.html O dia mais concorrido é sábado para a feijoada no quiosque Café Passeio. Além do tentador cardápio, há ainda show ao vivo de música (com altura do som controlada para valer o bate-papo com os amigos), a bela vista para o mar e o frescor da sombra das centenárias árvores. Uma dica de lazer imperdível para moradores e visitantes de Fortaleza.